A carne de frango e seus perigos

Evidenciar as condições brutais que as aves vivem na indústria, amplia a nossa consciência sobre os perigos da carne de frango para que possamos tomar decisões a partir de informações sobre o real custo do consumo deste tipo de carne, que hoje ocupa mais de 50% das vendas de todas as carnes no Brasil.

Quando chega a hora de reduzir o consumo de alimentos de origem animal, muitas pessoas preferem eliminar as carnes vermelhas – de vaca, porco, cordeiro, etc – mas continuam consumindo carnes “brancas”, como peixes e, principalmente, o frango. Essa decisão seria motivada, em parte, pela crença de que a carne de frango é “mais saudável” do que a de outros animais, que possui níveis mais baixos de gordura ou que sua produção é mais ecologicamente correta.

Mas a verdade é que o consumo de carne, independentemente da sua origem, pode ter consequências negativas tanto para os animais quanto para a nossa saúde. Segundo o Greenpeace, o seu consumo está associado ao aumento de doenças não transmissíveis, como câncer, obesidade, diabetes tipo II, doenças cardiovasculares, doenças intestinais (diverticulite) e doenças crônicas do fígado. E quando se trata de frango especificamente, são várias as razões que fundamentam a escolha de eliminá-lo completamente do seu prato:

É REALMENTE BOM PARA SUA SAÚDE?

Um estudo realizado pelo Instituto de Saúde de El Salvador concluiu que há “significativa contaminação microbiológica da carne de frango” e que essa presença de microrganismos “representa um risco para a saúde dos consumidores”. Nos Estados Unidos, o Centro de Controle de Doenças relata que, a cada ano, aproximadamente um milhão de pessoas adoecem por comer aves contaminadas com a bactéria Campylobacter e, também por vezes, com a Salmonella e o Clostridium perfringens.

Overgrown chickens bred on factory farm

Outro elemento nocivo presente na carne de frango é o arsênico, um produto químico tóxico que foi identificado como causador de câncer e é mortal em altas doses. O FDA – Food and Drug Administration ou Food and Drug Administration – dos Estados Unidos, revelou recentemente, após realizar um estudo, que cerca de metade das galinhas testadas absorveram arsênico inorgânico no fígado, por conta da ração utilizada em sua alimentação.

Helicobacter é uma bactéria encontrada em aves, carne vermelha e água não potável. Se alguém entrar em contato com esta bactéria, pode desenvolver uma infecção, cujos sintomas incluem vômitos e diarréia; às vezes acompanhada de sangue. Em julho de 2014, o jornal The Guardian publicou uma investigação sobre a indústria avícola britânica. Os resultados alarmantes indicaram que dois terços dos frangos destinados à venda no Reino Unido estão contaminados por Helicobacter.

A situação é semelhante na América Latina, pois segundo a Advanced Medicine Informatics Network, “A infecção por Helicobacter pylori é altamente disseminada no continente: entre 70 e 80% da população, e é uma das principais causas de gastrite crônica, úlceras pépticas e câncer gástrico. Além disso, a bactéria pode causar deficiências nutricionais, principalmente, de ferro e outros micronutrientes”.

Com tanta informação, o mito de que a carne de frango é mais saudável que a de outros animais acaba caindo por terra. Os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) juntamente com a American Heart Association publicaram um estudo no qual alertavam sobre os perigos do colesterol, presente nos ovos e na carne de frango, para a saúde. O relatório afirmou que “consumir de três a quatro ovos por semana tem sido associado a um aumento de 6% no risco de sofrer um evento cardiovascular (como ataque cardíaco ou derrame) e um aumento de 8% no risco de morrer por qualquer outro motivo”.

Chickens

NOVAS PANDEMIAS?

As péssimas condições em que vivem as galinhas e os frangos explorados pela indústria avícola os tornam mais vulneráveis ​​a doenças e morte prematura. Para evitar perdas e maximizar os lucros, a indústria injeta nessas aves uma quantidade altíssima de antibióticos para regular sua saúde. E todo esse antibiótico vai parar onde? No nosso corpo. A menos que eliminemos o frango do nosso prato. Um relatório recente da agência Reuters reveleou que alguns dos maiores produtores norte-americanos estão administrando antibióticos aos seus animais regularmente, sem nenhum tipo de regulamentação.

O uso prolongado de antibióticos em animais pode fazer com que algumas bactérias desenvolvam resistência a eles e, portanto, deixem de ser úteis, o que pode se tornar o pano de fundo para uma nova pandemia em um futuro próximo. Por exemplo, a organização Open Cages alertou recentemente que o “coquetel” de infecções a que as aves de criação são submetidas cria “um terreno fértil quase perfeito” para um surto de doença com potencial pandêmico. A organização também indicou que, como os agricultores costumam administrar hormônios de crescimento às aves, elas crescem em um ritmo muito rápido, o que acaba enfraquecendo seu sistema imunológico, permitindo que os vírus se desenvolvam e evoluam com mais facilidade.

Como você pode ver, eliminar o frango da nossa alimentação, visando uma alimentação livre de produtos de origem animal pode reduzir significativamente o risco de vários problemas de saúde e prevenir o aparecimento de novas pandemias, que podem ser ainda mais devastadoras ao nosso planeta.

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