Campanha de 2024 ajudou 1,8 milhão de pessoas a tentarem o veganismo, gerou descontos em mais de 100 produtos e é avaliada positivamente por celebridades que seguiram o janeiro vegano
Veganuary, a organização global que incentiva as pessoas a experimentarem o eganismo em janeiro e depois, apoiou diretamente mais de 1,8 milhão de pessoas a experimentarem o veganismo por um mês com seus recursos gratuitos e continua expandindo sua atuação no Brasil. Neste ano, a organização estendeu o convite de participação a empresas com linhas de produtos à base de plantas; como resultado, foram 155 empresas do Brasil todo participando, o que resultou em descontos de até 40% em uma centena de produtos.
Seguindo o mote A Revolução dos Vegetais, a campanha manteve o compromisso de inspirar as pessoas a experimentarem o veganismo, a organização conquistou duas novas embaixadoras, a atriz Valentina Bulc e a drag queen e multiartista Leyllah Diva Black, que se juntaram ao time formado por celebridades como Emiliano D’Ávila, Natalia Rosa e Xuxa para gravar um vídeo manifesto que chegou a mais de 150 mil visualizações.
“Nosso trabalho é todo feito pensando em como apoiar as pessoas. Em como e onde podemos criar o lugar onde nos encontramos, em vez de muros que nos separam. Por isso, conseguimos unir as pontes entre indivíduos, mundo corporativo e entretenimento para gerar uma transformação”, comenta a diretora da ONG inglesa no Brasil, Fernanda Morena.
O que dizem os participantes do desafio
Segundo pesquisa da SVB de 2021, a principal motivação das pessoas para experimentarem o veganismo é a preocupação com a saúde. Considerando o crescente interesse pela alimentação mais saudável e a aquecida conversa sobre as proteínas veganas, a organização trouxe um esquadrão vitness (vegan + fitness) para inspirar a participação de mais pessoas. O grupo foi formado pelos atletas profissionais Hugo Calderano, mesa-tenista e número 5 do ranking mundial, e Carol França, campeã mundial de fisiculturismo, além da nutricionista Bruna Albuquerque, que produziram conteúdo para ajudar as pessoas a pensar em saúde, esporte e performance segundo uma alimentação à base de plantas, no maior estilo de ser aquilo que você come. Carol, que é vegetariana, assumiu o compromisso e se tornou vegana em janeiro. “Sou grata ao Veganuary por me ajudar na minha evolução e das pessoas próximas a mim. Até consegui que minha mãe fizesse o desafio comigo, e com certeza vou sugerir o Veganuary para meus pacientes, meus amigos e familiares”, disse a atleta e nutricionista.
A atriz Danielle Olimpia também topou o desafio do Janeiro Vegano e, em meio a gravações, seguiu uma dieta à base de plantas. E ela diz que a experiência foi muito positiva: “Foi incrível! Senti muito mais leve, meu corpo desinchou e, mais que isso, me sinto mais conectada ao meu propósito, à causa dos animais e do planeta!”, comemora.
Engajamento corporativo
Este ano o Brasil também lançou uma estratégia de engajamento corporativo, que reuniu 155 empresas, marcas, varejistas e restaurantes de todo o Brasil para participar e apoiar os participantes oferecendo descontos, lançamento de novos produtos veganos no mercado e novos cardápios em restaurantes de todo o país.
Grande destaque foi o lançamento de um menu vegano pelo Hard Rock Cafe em Florianópolis, Ribeirão Preto, Curitiba e Gramado, colocando o Brasil no mapa da cadeia de restaurantes na campanha. Marcas veganas consagradas como Naveia, Plural Avante, Eat Clean, Vida Veg e A Tal da Castanha também fizeram parte do Veganuary e reportam resultados positivos. “Participar do Veganuary, um movimento que tem tanta sinergia com os propósitos da A Tal da Castanha, foi super agregador! Além de promocionar alguns produtos e conseguir enxergar um resultado expressivo, é ótimo ver marcas reconhecidas dando esse passo em direção a um estilo de vida mais consciente e compassivo”, salienta Gabriel Chaves, analista de Marketing da A Tal da Castanha.
A startup de sorvetes veganos Roomy’s também relatou um aumento de 110% nas vendas durante o Veganuary 2024. Já a Naveia teve um recorde histórico de vendas em janeiro, com alta de 270% em relação ao mesmo mês do ano passado – a campanha do Janeiro Vegano se tornou comercialmente mais relevante do que a Black Friday para a marca. “O Veganuary cria uma excelente oportunidade de falar sobre veganismo em um tom positivo que atraia a atenção e curiosidade das pessoas pro tema, pois trata-se de um desafio, de uma oportunidade de aprendizado e de entender o impacto das nossas escolhas”, avalia Guiga Pirá, head de Ativismo da Naveia.
Outras empresas que não são veganas, mas possuem linhas de produtos à base de plantas em seu portfólio, uniram-se à organização para promover conteúdos, descontos e receitas e novas opções de produtos, para aumentar a oferta de opções veganas aos consumidores que estão experimentando o veganismo em janeiro. Foi o caso da Dengo e do e-commerce Trela. A rede de Supermercados Asun também entrou de cabeça na campanha e gerou descontos e conteúdos em toda a sua rede pelo sul do país.
Restaurantes de todas as regiões do país entraram na campanha oferecendo novos menus e opcões especiais de combos e degustações. No fast food xBloom, que tem como sócia a Xuxa, houve uma cortesia na sobremesa. No Yucafé, localizado no hotel Pullman Ibirapuera, em São Paulo, combos especiais foram ativados ao longo do mês, que foi coroado ainda por um brunch especial pelo janeiro à base de plantas.
Em São Paulo, cidade-símbolo do veganismo na América Latina segundo pesquisa feita pela Veganuary junto ao app Happy Cow, a organização uniu restaurantes da popularmente conhecida Rua Vegana para celebrar e promover a campanha ao longo do mês. O vídeo sobre a Rua Vegana feito pela ONG inglesa viralizou e foi assistido por mais de meio milhão de pessoas – e outros tantos comentários pedem por ruas veganas em suas cidades.
Encontrando as pessoas onde elas estão
Grande parte do sucesso da campanha Veganuary se dá pelo tom divertido e sem julgamentos, buscando sempre encontrar as formas de unir as pessoas e criar pontes que tornem a experiência com o veganismo algo possível.
Entendendo as necessidades da população, a organização tem focado em expandir as possibilidades de experiência, trazendo, inclusive, restaurantes para dentro do Janeiro Vegano. Assim, surgiu neste ano o Guia de Restaurantes Veganos. Cocriado junto a nove influenciadores das 5 regiões do país, o material, que teve mais de 10 mil downloads ao longo da campanha, ajuda quem chega ao Veganuary a encontrar boas opções gastronômicas em todas as regiões do Brasil.
Assim também foi agitada uma ação nacional entre produtores de feiras veganas de diferentes cidades do país para fazer uma edição especial em celebração ao Janeiro Vegano, gerando mais visibilidade para o veganismo e empresas locais. As cidades de Porto Alegre, Taubaté, Salvador e Belo Horizonte receberam as edições especiais de feiras, que contou com a participação de mais de 5 mil pessoas. Produtores de Florianópolis seguiram o chamado e fizeram também uma edição na Ilha da Magia.
Que legado o Veganuary deixa?
O desafio do Janeiro vegano termina, mas a organização segue trabalhando ao longo do ano para apoiar pessoas que optem por seguir – ou começar – na jornada de transição alimentar. Para 2025, a organização ainda espera aprofundar e crescer a participação de empresas, visando facilitar a oferta de produtos que facilitem a transformação alimentar.
Do lado das empresas que participaram do Janeiro Vegano também há novidades. O supermercado Asun seguirá promovendo as linhas de produtos veganos sob sua marca própria Go Vegan; o Yucafé anunciou que irá manter o cupom de desconto Veganuary nos brunches e combos para o resto do ano; e a marca de cookies Boldy, de São Paulo, que lançou opções veganas durante a campanha, prometeu manter os sabores no seu cardápio.
“A Veganuary existe o ano todo e, até janeiro de 2025, seguiremos trabalhando em campanhas para conscientizar as pessoas sobre a importância e os benefícios de uma alimentação à base de plantas para a saúde, os animais e o planeta. Estamos comprometidos em desempenhar um papel estratégico e tático na tão fundamental transformação de nossos sistemas alimentares”, reflete Fernanda.
